Em seu 5º ano no Brasil, EndoMarcha reuniu mulheres com a doença, familiares e profissionais da saúde em busca de atendimento digno e políticas públicas que facilitem o diagnóstico e o tratamento
A EndoMarcha 2018, Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose (Million Women March for Endometriosis), foi realizada no último dia 24 de março em mais de 80 países e movimentou, no Brasil, 14 cidades em prol da conscientização da Endometriose. Em Salvador, a caminhada aconteceu do Farol da Barra ao Cristo e reuniu membros da Sogiba.
Belém, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Londrina, Maringá, São Paulo, Rio de Janeiro e outra cidade baiana, Feira de Santana, também recebam o encontro. O ex-presidente da SOGIBA, Dr. Carlos Costa Lino, Dra. Márcia Cunha e Dra. Sandra Shindler marcaram presença na caminhada.
“A marcha é um evento legítimo de reivindicação pelos nossos direitos, pelo diagnóstico precoce e pelo reconhecimento da endometriose como doença social, com a criação de políticas públicas para que o tratamento possa ser realizado pelo SUS”, afirma Caroline Salazar, capitã brasileira da EndoMarcha, jornalista e idealizadora do blog A Endometriose e Eu.
A EndoMarcha foi idealizada nos Estados Unidos pelo Dr. Camram Nezhat, médico especialista e precursor da videolaparoscopia, utilizada no tratamento da doença, e por seus irmãos, Dr. Ceana Nezhat e Dr. Farr Nezhat. O movimento ocorre em março, mundialmente reconhecido como o Mês de Conscientização da Endometriose.
“No Brasil, a cada ano essa participação aumenta mais. Em 2014, por exemplo, foram só quatro cidades. Em cinco anos, nós mais que quadruplicamos a EndoMarcha no país”, comemora, com razão. A partir do movimento, leis com foco na conscientização e disseminação de informações sobre a doença já começam a surgir nos estados de Roraima e São Paulo, além da cidade de Campo Grande (MS). “Isso é bom não só para as portadoras, mas também para os médicos, uma vez que faz com que o acesso à informação sobre a endometriose seja maior”, pontua a capitã da EndoMarcha no Brasil.